Sobre minhas loucuras secretas
Sobre minhas loucuras secretas
Às vezes, por um motivo ou por outro, motivo o qual ainda não consegui descobrir qual é, nós fazemos coisas que não combinam com a gente. Talvez pra esconder um medo, suprir uma carência quem sabe... Às vezes agente se surpreende com gestos que não conhecemos em nós mesmos.
A gente se descobre descobrindo um certo lado inesperado, geralmente é algo errado, fora dos conceitos que um dia nos ensinaram na escola, uma coisa da qual nos envergonhamos, aquele tipo de coisa que acaba virando segredo. Quando se tem uma boa consciência, mesmo que seja pra suprir algum tipo de carência a gente uma hora pára pra pensar no que estamos fazendo. Em como isso pode nos ajudar, se é que ajuda, se isso em vez de suprir uma falta não ta virando uma fuga desesperada dos problemas que deveríamos enfrentar. Até um pretexto pra se livrar da tristeza que a ausência dessa fuga pode deixar, mas tristeza essa que deveria ser sentida.
Sentida pra poder ser feliz depois, tristeza pra se recolher, pensar melhor, entender o porquê de tanta fuga. E até ver se realmente precisamos mesmo fugir dessa forma.
Nós somos humanos, carência faz parte do nosso ser, se sentir sozinho, perdido no mundo é mais que normal. E tentar suprir essa falta com uma atitude “louca” também é normal, mas isso uma hora tem que parar, não dá pra viver fugindo de você pra sempre. Você sabe que dessa forma não está sendo a pessoa que um dia sonhou ser. Você sente inveja dos outros por isso, por eles não terem que levar uma certa vida dupla, por eles não terem um lado que se envergonham.
E a gente sente um medo de súbito quando vemos que a coisa saiu do controle, que você por um lado quer sair, mas também quer continuar. O prazer fala mais alto. Mas onde tem vontade de mudar não tem prazer que resista.
E no fundo nós sabemos quem somos. Sabemos que não precisamos ter medo de nós, porque pelo menos nós nos conhecemos. E é geralmente nessa hora, quando nos reconhecemos que deixamos toda essa fuga louca pra trás, é quando encontramos forças pra dizer: “Eu não quero mais”. E finalmente nos libertamos do que nos incomodava, no começo agente apenas aprende a lidar melhor com tudo isso, mas no final a gente sempre se livra de toda essa curiosidade, essa vontade de fugir por um caminho de loucura que não nos leva a nada. Quando o momento passa, o que resta é o mesmo coração vazio e a mesma alma machucada.
*“Não é o que fazemos que define quem somos, mas sim a forma como nos levantamos depois de uma queda.”
Fazer loucuras a gente faz por qualquer coisa, qualquer motivo que nos mova, qualquer sentimento que nos tire um pouco a razão debaixo dos nossos pés. Mas é quando tentamos nos redimir, principalmente com nós mesmos, é que mostramos quem somos de verdade.
* Frase do filme “Encontro de Amor”.
Walter Filho
Às vezes, por um motivo ou por outro, motivo o qual ainda não consegui descobrir qual é, nós fazemos coisas que não combinam com a gente. Talvez pra esconder um medo, suprir uma carência quem sabe... Às vezes agente se surpreende com gestos que não conhecemos em nós mesmos.
A gente se descobre descobrindo um certo lado inesperado, geralmente é algo errado, fora dos conceitos que um dia nos ensinaram na escola, uma coisa da qual nos envergonhamos, aquele tipo de coisa que acaba virando segredo. Quando se tem uma boa consciência, mesmo que seja pra suprir algum tipo de carência a gente uma hora pára pra pensar no que estamos fazendo. Em como isso pode nos ajudar, se é que ajuda, se isso em vez de suprir uma falta não ta virando uma fuga desesperada dos problemas que deveríamos enfrentar. Até um pretexto pra se livrar da tristeza que a ausência dessa fuga pode deixar, mas tristeza essa que deveria ser sentida.
Sentida pra poder ser feliz depois, tristeza pra se recolher, pensar melhor, entender o porquê de tanta fuga. E até ver se realmente precisamos mesmo fugir dessa forma.
Nós somos humanos, carência faz parte do nosso ser, se sentir sozinho, perdido no mundo é mais que normal. E tentar suprir essa falta com uma atitude “louca” também é normal, mas isso uma hora tem que parar, não dá pra viver fugindo de você pra sempre. Você sabe que dessa forma não está sendo a pessoa que um dia sonhou ser. Você sente inveja dos outros por isso, por eles não terem que levar uma certa vida dupla, por eles não terem um lado que se envergonham.
E a gente sente um medo de súbito quando vemos que a coisa saiu do controle, que você por um lado quer sair, mas também quer continuar. O prazer fala mais alto. Mas onde tem vontade de mudar não tem prazer que resista.
E no fundo nós sabemos quem somos. Sabemos que não precisamos ter medo de nós, porque pelo menos nós nos conhecemos. E é geralmente nessa hora, quando nos reconhecemos que deixamos toda essa fuga louca pra trás, é quando encontramos forças pra dizer: “Eu não quero mais”. E finalmente nos libertamos do que nos incomodava, no começo agente apenas aprende a lidar melhor com tudo isso, mas no final a gente sempre se livra de toda essa curiosidade, essa vontade de fugir por um caminho de loucura que não nos leva a nada. Quando o momento passa, o que resta é o mesmo coração vazio e a mesma alma machucada.
*“Não é o que fazemos que define quem somos, mas sim a forma como nos levantamos depois de uma queda.”
Fazer loucuras a gente faz por qualquer coisa, qualquer motivo que nos mova, qualquer sentimento que nos tire um pouco a razão debaixo dos nossos pés. Mas é quando tentamos nos redimir, principalmente com nós mesmos, é que mostramos quem somos de verdade.
* Frase do filme “Encontro de Amor”.
Walter Filho
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